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Hugo Chávez, um ditador?
Posted in Integração Latino-americana
Comments Off on Hugo Chávez, um ditador?
ORCA: SOFTWARE LIVRE PARA A INCLUSÃO DOS CEGOS.
Comentário do Taka
Mais um post retirado do blog do Sério Amadeu. Acho importantíssimo divulgar as soluções Linux para deficientes na cidade de São Paulo, haja visto que nossa prefeitura tá a um passo de reverter o Linux nos telecentros usando do argumento que Linux não é adequado para deficientes físicos. E adivinha quem já foi contratada pra disponibilizar esse serviço pra prefeitura de São Paulo? Um sorvete pra quem pensou Microsoft!
ORCA: SOFTWARE LIVRE PARA A INCLUSÃO DOS CEGOS.
Tiago M. C.,
nascido as 04:30h do dia 18/07/1985, em Salvador, me enviou a mensagem
abaixo. Tiago nasceu com Retinose Pigmentar e ficou cego. Atualmente
integra o projeto Orca, leitor de tela, em software livre, para pessoas
de pouca ou nenhuma visão.
LINUX E OS CEGOS
"Cada
vez mais os programas e sistemas operacionais Fonte Aberta (Open
Source) vem conquistando as pessoas de todo o mundo, empresas, escolas
etc, e como não poderia ser esquecido, também vem a conquistar os
Deficientes Visuais.
O Linux, o sistema operacional Fonte Aberta
mais difundido entre usuários doméstico, possui implementações que visa
a acessibilidade dos Cegos em geral, havendo projetos, comunidades
interessada em melhorar o acesso ao computador através do Linux por
Cegos e algumas Distribuições Linux.
Uma Distribuição Linux, é
organizada para uma determinada aplicação ou uma classe de usuários,
com aplicativos voltados para os mesmos, organizado desde um Disquete,
um CD a 10 CDs ou mais por exemplo, DVD e etc.
Apresento então, três Distribuições Linux que oferece suporte para os Cegos Brasileiros.
A primeira é o Linvox sendo baseada no Kurumin Linux, com o WINE instalado e o Sistema DOSVOX, desenvolvido pelo NCE/UFRJ.
A segunda Distribuição Linux, é o Oralux mantida por uma comunidade de usuários de vários países.
A
terceira distribuição Linux, é o Ubuntu Linux conhecido em todo o
mundo, além de ter vários aplicativos, possui ferramentas de acessibilidade que permite a utilização pelos deficientes!
O
Linvox foi quem abriu o caminho, tornou possível a utilização maciça do
GNU/Linux no Brasil pelos cegos; o Oralux foi uma distribuição menos
utilizada pelos cegos brasileiros; o Ubuntu vem ganhando espaço entre
os cegos brasileiros, dando a possibilidade de utilizar o ambiente
gráfico com o leitor de tela Gnome-Orca, atraiu diversos cegos para a
utilização desse sistema."
What is Orca?
Orca
is a flexible, extensible, and powerful assistive technology for people
with visual impairments. Using various combinations of speech
synthesis, braille, and magnification, Orca helps provide access to
applications and toolkits that support the AT-SPI (e.g., the GNOME
desktop). Orca is also free open source software.
A disputa dentro da PF: agentes X delegados, artigo preparatório para dissertação
Comentário do Taka
Garimpando assunto pela internet caí no site Estratégia e Análise, mantido pelo militante social gaúcho Bruno LIma Rocha. Achei o site muito bom e me chamou a atenção seu artigo preparatório para pesquisa de mestrado: "A disputa dentro da PF: agentes X delegados, artigo preparatório para dissertação". Lendo esse artigo fiquei ansioso por ter acesso à sua dissertação de mestrado, pois ela deve ser um minucioso diagnóstico do jogo posicional dentro de uma das mais influentes instituições da república.
Vila Setembrina dos Farrapos, 3 de junho de 2003
1) Introdução
A partir do retorno ao regime democrático, com a promulgação da nova Constituição no ano de 1988, se inicia uma mudança que reorganiza e redimensiona aquilo que no regime militar era chamado de comunidade de informações. O trabalho vai se debruçar sobre o redimensionamento e as disputas internas de um destes órgãos. Trata-se de um dos departamentos de polícia do Ministério da Justiça (MJ), criado em 1965 pela ditadura, a Polícia Federal-PF (1). Esta tem desenvolvida em seu interior uma disputa entre duas categorias de policiais, que também compõem redes de alianças distintas e antagônicas, além de propostas diferentes para o funcionamento do órgão. Referimo-nos aos delegados, organizados na Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF, criada no ano de 1976) e os agentes, organizados na Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef, criada no ano de 1990). O trabalho vai se desdobrar especificamente nesta disputa, entre uma base associada e que exerce funções de controle e dirigência da PF (os delegados) e uma base sindicalizada que se contrapõe aos seus superiores diretos e tem uma outra proposta de subordinação, funcionamento e missão para a PF (os agentes). A disputa entre ADPF x Fenapef, as respectivas redes de alianças e as motivações desta disputa são o tema desta dissertação de mestrado.
Para compreendermos um pouco das motivações desta disputa é necessária uma pequena digressão na transição de regimes e nas origens da comunidade de segurança e informações. O regime de democracia formal que visaria à consolidação do Estado de direito, reinstalado no Brasil ao longo de um processo de transição negociada, depara-se no interior do aparelho de Estado com um ramo de atividade sensível e profundamente marcado pelo regime autoritário. Ainda que esta transição democrática tenha se consumado com a nova constituição democrática de 1988 e posteriormente com as eleições diretas presidenciais (1989), as instituições de caráter coercitivo, que permaneceram com poder de polícia e uso sistemático da força foram praticamente remontadas ou criadas durante a ditadura militar. Dentro do âmbito específico do governo da União, a chamada comunidade de informações e os organismos de inteligência, é o fruto direto desta criação. Assim, o elemento de permanência (2), parte e natureza mesma da atividade (em qualquer regime e modelo de Estado, sob todo e qualquer nível de controle democrático), marca o grau de conflito interno dos profissionais (burocracia policial e de espionagem) e seus interesses político-corporativos no nível da União.
Como exemplo da afirmação acima, podemos utilizar a própria PF. Seus concursos públicos para agentes, técnicos e peritos, ainda de nível médio, iniciaram no ano de 1973 (3), e isto em plena vigência do AI-5. Simultaneamente, seus cargos e funções de comando eram indicações do Executivo, isto quando não se tratava de cargos comissionados com generais à frente das Superintendências Regionais (SRs na verdade trata-se de âmbito estadual) e mesmo na Direção Geral (DG, ver Souza, 2000). Apenas para exemplificar com dados, o primeiro curso interno para formação de delegados federais data de 1977, sendo que a PF foi criada em 1965 (ver página da ADPF).
Salta uma questão central. Isto é, com todas as funções de relevância sendo comissionadas, como seria possível imaginar uma carreira no sentido clássico do termo, fazendo uma analogia possível com os militares profissionais? Mesmo no retorno da democracia, a indicação para Diretor Geral da PF do ex-diretor do Serviço Secreto do Departamento de Ordem Pública e Social da Polícia Civil do estado de São Paulo (SS-DOPS/SP), posteriormente do conjunto do DOPS (no governo Paulo Maluf, quando o secretário de segurança era o coronel do Exército Erasmo Dias) e logo após da Superintendência da PF/SP (1983-1985), Romeu Tuma (4) expõe a isto que denominamos de permanência. Nos anos posteriores ao retorno da democracia, Tuma vai protagonizar pela categoria dos delegados, boa parte dos conflitos internos da PF, sendo chamado pela Fenapef de um dos representantes da permanência dos vínculos e ingerência dos militares por sobre a PF. Não por coincidência, nos primeiros anos de restabelecimento da ordem jurídico-democrática, são fundados os primeiros sindicatos estaduais e no ano de 1990 a Federação Nacional (5). Obviamente que este avanço organizativo também significou reforço nas reivindicações, sendo realizadas as greves de policiais federais. A sequência de greves e insubordinações constitui numa série de fatos políticos até então sem precedentes na área de segurança, ao nível federal, do Brasil.
Temos assim, no desdobramento, vários temas clássicos que se desenvolvem ao longo desta disputa. Podemos citar as versões antagônicas de autonomia burocrática defendida (e/ou executadas por delegados e agentes); o projeto político para toda a corporação (e como é utilizada a referência do Federal Bureau of Investigation, FBI, órgão estadunidense que supostamente seria o referente para a PF desde a sua fundação); a defesa da manutenção da exigência (chamada pelos sindicalistas de conquista) de nível superior (3º grau) para os agentes – pela Fenapef – em contra da defesa de nível médio (2º grau) para esta mesma função da parte dos delegados.
Mais recentemente três temas de fundo vêm sendo alvos de disputa: o fim do inquérito de instrução normativa (ou seja, a Fenapef aponta que o inquérito seja exercido pelos juízes de instrução e não por delegados); o fim da categoria de delegado na PF (seguindo o modelo do FBI, a Fenapef aponta uma academia única e carreira única, sem a exigência de ser bacharel em direito para funções de comando); um processo de escolha democrático para as funções de superintendente-regional e também para o diretor-geral (DG) e a polêmica sobre a existência ou não da criação de uma guarda federal fardada (dentro da PF) para controle de fronteiras e/ou intervenções nos estados ou regiões conturbadas por parte do governo federal. Esta última proposta saiu do general Alberto Cardoso, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, GSI, nos dois últimos governos da União.
Conforme vemos acima, o tema dos aparelhos de controle do Estado, especificamente do setor de inteligência é uma área de estudo que no período histórico onde se desenvolve o objeto do trabalho (de 1998 ao fim do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, FHC; em 1º de janeiro de 2003), se encontra numa situação aparentemente paradigmática. Trava-se uma batalha velada entre atores opostos, setores e redes de relações. Dá-se, de fato, um jogo posicional no interior da PF entre alas legalistas-sindicalizadas, setores mais próximos da continuidade da tutela militar e outro segmento, permeável à ingerência estrangeira (dos Estados Unidos da América, EUA, através de seus organismos policiais e/ou de inteligência (6). Nos referimos respectivamente aos agentes sindicalizados, próximos do Ministério Público Federal (MP); dos delegados associados, alinhados com as propostas e políticas originárias do GSI e finalmente dos setores cujo financiamento tem origem das verbas de coordenação e ajuda dos adidos de inteligência da embaixada dos EUA. Nos referimos especificamente ao extinto Setor de Orientação e Inteligência Policial, SOIP; hoje este órgão é setor é chamado de Diretoria de Inteligência Policial, formando a sigla de passado histórico com reputação duvidosa, DIP (7).
Simultaneamente, no plano dos estudos acadêmicos, caberia uma observação curta. Segundo nossa compreensão, se observa estes fenômenos e situações dentro de uma área de estudos que cobrem as forças armadas (FFAA), Estado, transições democráticas (a ex., uma referência permanente se encontra em Stepan, 1986) e tutela militar (Zaverucha, 1994 e 2000). Neste trabalho, procuraremos afirmar, a partir destas referências, uma forma de análise complementar.
Portanto, um dos intuitos da dissertação também é contribuir para abrir caminhos que busquem um paradigma apropriado ao estudo destes órgãos no Brasil atual. Afirmamos que a questão de fundo não é o retorno a um regime fechado ou a possibilidade de derrocada da democracia brasileira. Existe este ponto de vista e interesse no interior das disputas dos aparelhos de inteligência, assim como também há autonomia burocrática, quebra de hierarquia e insubordinação, operações feitas à revelia da cadeia de comando, algum grau de corrupção por vezes acusada de ser endêmica e permeando uma boa parte de sua estrutura(8), em diversos órgãos coercitivos, mas, reafirmamos que o tema central não é este.
Não se trata assim de democracia tutelada e/ou opção por um regime de força, mas sim confluência de múltiplos interesses conflitantes dentro deste universo que tem natureza compartimentada. Isto é, onde o sigilo investigativo e o segredo de Estado tornam difíceis a penetração de atores externos e a respectiva possibilidade de controle, ainda que institucional. Estamos tratando também das disputas pela possibilidade de realização dos projetos políticos dos seguintes atores, que, segundo nosso mapeamento e classificação prévios, no que diz respeito da PF, já expostos nos parágrafos anteriores, são:
– segmentos da burocracia do Estado que são continuidade do regime militar;
– setores organizados através de sindicato;
– redes de relações e lealdades pessoais, com motivações ideológico-legalistas ou pró-tutela militar;
– ingerências do Estado mais potente do planeta – Estados Unidos da América, EUA – sobre as políticas de inteligência do país.
Ainda que a afirmativa possa parecer demasiado complexa, estamos afirmando que o objeto de estudo do trabalho, a contradição e a disputa entre ADPF x Fenapef, se dá num ambiente voltado para operar sobre dois conflitos simultâneos. Um é permanente, de longo prazo, inflexível e estratégico para este modelo de Estado. Parte da natureza do jogo das antecipações (Huntington 1975, p.284), onde todos os atores de inteligência, hoje com algum grau de disputas entre si, se unificam (em hipótese estratégica) contra a possibilidade de articulação de um inimigo comum. Isto é, uma oposição político-social com orientações de ruptura (ABIN apud Beaklini 2001, 9) – ainda que inexistente, ou sem poder de realização – orienta os organismos por ser simplesmente seu inimigo de longo prazo. A supressão da possibilidade de existir um ou mais agentes políticos de ruptura (Tzu 1996 e Tzu 1958) é assim um dos objetivos estratégicos (portanto permanentes) de todas as instituições que operam na área de inteligência no Brasil. A listar, o Centro de Inteligência do Exército, CIEx; Centro de Inteligência da Marinha, CIM; Secretaria de Inteligência da Aeronáutica, SECINT; a Diretoria de Inteligência Policial da PF, DIP; a própria Agência Brasileira de Inteligência, ABIN; além do serviço de inteligência lotado no Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty e os respectivos organismos de cada estado da União.
Um outro conflito travado simultaneamente, também é de longo prazo. Serve muitas vezes de pano de fundo para a disputa entre delegados e agentes. Trata-se da tentativa de maior autonomização por parte da instituição policial civil (a que estudamos é a PF) contra a prerrogativa das FFAA (particularmente do Exército Brasileiro, EB) sobre estas exercidas, através do Gabinete de Segurança Insitucional (GSI, órgão da presidência que é a continuidade da extinta Casa Militar). A disputa é tão real que consta literalmente do Programa Sindical da Fenapef: “barrar a influência do GSI sobre a PF” (ver Beaklini 2001 e página da Fenapef). As propostas de democracia interna na indicação para cargos de confiança visam barrar a alegada influência do GSI na indicação destes nomes.
Para exemplificar o que afirmamos acima, citamos o caso do delegado João Batista Campelo, que substitui ao então todo-poderoso Vicente Chelotti no ano de 1999. O detalhe é que Chelotti já ia para o seu quarto ano no cargo de DG, se mantendo nas gestões do Ministério da Justiça de Nélson Jobim, Íris Resende e Renan Calheiros. Seu nome foi bancado pelo GSI (via gal. Cardoso) e só não emplacou no cargo (ficou apenas três dias) pelas acusações de ter participado de torturas nos anos 70 no nordeste (vide revista semanal IstoÉ, 23 de junho de 2003, número 1551, (“O passado condenou”). A Fenapef afirma serem indicados, fora os apadrinhamentos políticos normais no funcionamento do sistema de espólio (spoil system), nomes de delegados próximos ou remanescentes da comunidade de informações no regime anterior. A chamada Era Tuma (1985-1994), ele mesmo protagonista do aparelho de repressão política, seria o coroamento deste elemento de permanência, prorrogando o conflito no interior do órgão até os dias atuais (10).
Existem projetos distintos para a PF, orientados para metas opostas, que também se relacionam com posições outras dentro do universo dos profissionais e agentes de segurança nacional e de inteligência (de Estado, militar e policial). Aí sim, existe a disputa exacerbada entre a tutela militar e a autonomia do Estado de direito, e a possibilidade de controle mais transparente contra a manutenção das prerrogativas militares. Por fim, a capacidade em si de operar e trabalhar como defesa e motivação deste ou daquele interesse.
Damos como exemplo desta disputa, no interior da PF e no Executivo do país, o episódio da greve dos policiais federais de 1994. Ocorrida já na gestão do coronel Romão, governo Itamar Franco, na época o ministro da Justiça era Alexandre Dupeyrat e o ministro do EB o gal. Zenildo Zoroastro de Castro. Neste momento, várias superintendências da PF foram ocupadas por tropas do Exército, sendo que os militares inclusive tomaram alguns postos de fronteira (em Foz do Iguaçu, por exemplo). A greve durou sessenta e cinco dias (65) e marcou um conflito em potencial entre tropas federais e policiais federais (11). Um outro exemplo de uma prerrogativa militar sobre a PF é a possibilidade, pelas vias legais, da ABIN e a Senad (sob tutela do GSI) requisitar pessoal da PF para executar tarefas subordinadas ao GSI. Entendemos que estes dois exemplos acima marcam algum nível de continuidade de prerrogativas militares sobre o órgão civil, tendo o protagonismo das FFAA (a partir da doutrina de defesa interna) para questões de segurança de Estado.
Especificamente, caracterizamos o estudo dos organismos de repressão social e inteligência – considerando contra-inteligência no mesmo nível de análise – como próprio da área de estudos estratégicos, da estratégia geral em sentido pleno (12), e neste universo de análise nos moveremos prioritariamente.
Uma vez definida a área de estudo, os objetivos estratégicos apontados (o tema genérico), retomamos ao tema propriamente dito. De forma secundária, como pano de fundo, desenvolveremos um estudo institucional e analítico a respeito da atuação do organismo de inteligência e repressão do Departamento de Polícia Federal, DPF ou PF (13). Esta parte complementar se concentra na seguinte relação multilateral e complexa: missão institucional da PF como organismo de repressão política e social, via Coordenação-Geral de Ordem Política e Social – CGOPS(14) e do órgão de inteligência do DPF (ex-SOIP), a DIP (vide dossiê Carta Capital, e página oficial do DPF), missão que se desenvolve sobre algumas possibilidades de conflitos já existentes. Um exemplo do que narramos é a tensa relação com o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
Simultaneamente, identificaremos e analisaremos as vozes concordantes e dissonantes dentro desta burocracia-policial. Isto se dará a partir dos atores coletivos já apontados, ADPF x Fenapef, e seu posicionamento político para com esta missão na instituição – compartilhada com as prerrogativas militares de defesa interna – a qual fazem parte.
Conforme afirmamos anteriormente, no centro do estudo e foco do trabalho, identificamos e reconhecemos um jogo de posições, uma disputa travada dentro da PF. Esta é identificada coletivamente entre a Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef, federação nacional de sindicatos estaduais de agentes) e os respectivos sindicatos estaduais em contra da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF) e também respectivamente suas associações estaduais. Esta disputa representa interesses corporativos, de projetos para a PF (função e funcionamento) e também das lealdades e alianças externas ao órgão. As vinculações das disputas se relacionam com a continuidade da ingerência militar; da aproximação operacional com o Ministério Público; de aceitar ou não a coordenação do Gabinete de Segurança Institucional e sua Agência Brasileira de Inteligência (GSI/ABIN); dos financiamentos e ingerências diretas dos EUA, feitas a partir da Embaixada em Brasília através das representações do FBI, DEA e CIA; da criação ou não de um setor fardado e militarizado dentro da PF; relacionando isto à não-exigência de 3º grau para ingresso como agente de polícia federal; a contraparte da FENAPEF, propondo uma reforma no inquérito policial e no modelo de funcionamento da PF, se aproximando assim do modelo de origem da matriz da Polícia Federal, o próprio FBI estadunidense, onde não existe a categoria do delegado, nem a exigência de estudos jurídicos, apenas o seu indicativo (15).
Consideraremos também as redes de lealdades pessoais e corporativas montadas dentro e no perímetro do organismo, tendo como base atores políticos individuais que são chave para seu funcionamento. Um mapeamento imediato identifica aos seguintes atores contemporâneos: Francisco Garisto da Veiga (paulista da capital, agente, sindicalista, presidente da FENAPEF), Romeu Tuma (paulista da capital, senador pelo PFL de São Paulo, policial civil de carreira no DOPS, ex-DG durante os anos 1985-1992) e Vicente Chelotti (gaúcho de Faxinal do Soturno, delegado federal, ex-sindicalista, ex-DG durante os anos 1995-1999, participante de disputa corporativa e de espionagem com o GSI/ABIN, candidato a deputado federal em 2002 pelo PMDB/DF). De fora do organismo, um personagem central (como figura pública da continuidade das prerrogativas e da tutela militar), o general Alberto Cardoso (ex-chefe da Casa Militar e do GSI dos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, artífice público da montagem do novo Sistema Brasileiro de Inteligência, SISBIN).
O estudo e a análise desenvolvidos em cima de atores coletivos, a Fenapef e a ADPF e atores políticos singulares (os indivíduos que citamos acima), tenderá a cruzar dados, análises, relatos, fontes abertas acompanhamento via trabalho de campo. Apresentados aqui os lineamentos gerais do trabalho, seguimos em seus aspectos mais técnicos e metodológicos.
2) O Tema da pesquisa
O universo da pesquisa pode ser compreendido como um círculo concêntrico de três aros. O primeiro aro é o mais amplo no que se refere ao próprio. Isto é, se trata do estudo da possibilidade das antecipações executadas (ou pré-executadas) por parte dos organismos de repressão policial e inteligência (genericamente de defesa do Estado) contra supostos adversários estratégicos (inimigos). A própria atividade de inteligência (seja para defesa do Estado, policial, militar ou de âmbito financeiro) só se desenvolve a partir da probabilidade, coleta e busca das bases destas antecipações. Ou seja, trata-se da própria natureza da atividade.
O segundo aro é o ambiente desenvolvido no Brasil, da continuidade de relações de força e prerrogativas militares em instituições operacionais (repressão e inteligência) para a ordem pública (política e social), criminalidade e polícia judiciária. Especificamente trata-se da permanência das tentativas de controle por parte do GSI durante os processos de crise interna da PF, na disputa dentro e pelos setores de inteligência e na remontagem do sistema deixado em aberto após a extinção do Serviço Nacional de Informações (SNI e seu respectivo sistema, SISNI).
O terceiro aro é precisamente o tema em si da pesquisa, é o reflexo e força motriz de tudo isto, dentro e a partir da crise interna da Polícia Federal. A partir de fontes abertas se identificam os quatro setores retratados na apresentação. São eles: sindicalizados; delegados vinculados à tutela; setores financiados pelas agências dos EUA e um grupo corporativo vinculado ao ex-superintendente Chelotti. Destes quatro atores nos concentraremos especificamente na disputa entre a Fenapef e a ADPF, como instituições de representação coletiva de agentes sindicalizados e delegados, respectivamente.
3) Justificativa da relevância do trabalho
A relevância deste tipo de estudo e do trabalho proposto em específico tem várias justificativas, uma miscelânea de motivos que expomos aqui de forma sintética. Entendemos que há uma grande produção da Ciência Política, concentrada no estudo dos regimes de força (ou fechados, ditaduras republicanas) e da posterior transição destes regimes na América Latina. Neste marco ampliado de estudo do Estado, Instituições e Forças Armadas – especificamente como atores políticos – já existe uma ampla produção brasileira a respeito do papel dos militares na política, da atuação e autonomização da chamada comunidade de segurança e informações e da posterior tutela durante um regime democrático. Entendemos que de uma forma ampliada, o tipo de trabalho proposto pela pesquisa assim se enquadra.
Uma característica a ser buscada no trabalho é a observação do modus operandi dos atores coletivos estudados. Isto é, suas redes de alianças, pressões institucionais, medidas de luta, alianças com outros setores do Estado, apoios de parlamentares – incluindo aí os deputados federais e senadores que são, ou foram, policiais federais de carreira. Isto se soma com um tipo de estudo, este sim já consagrado, que é o jogo posicional de atores políticos no interior de instituições do Estado. Jogo esse que é reflexo, mas também incide sobre o cenário político e do universo das políticas de segurança, simultaneamente. A relevância dos atores coletivos se dá sobre a existência de uma base de policiais federais sindicalizados, com alto grau de participação e insubordinação para com a hierarquia burocrática. Como contraparte, a categoria de delegados de polícia federal, bacharéis em direito por formação e exigência do cargo, e cuja associação de classe já foi presidida por alguns ex-superintendentes gerais da PF. É o caso de Romeu Tuma assim como do atual superintendente Paulo Lacerda.
Observar e analisar este jogo posicional, seja dos atores coletivos (Fenapef, ADPF e mesmo APCF), seja dos indivíduos (Garisto, Tuma, Chelotti, Alberto Cardoso), nos permitirá compreender a sensibilidade do momento de remontagem (a partir da consolidação democrática) de um sistema de inteligência (o conjunto do SISNI, onde a PF se enquadrava) compreendido e proposto a partir da própria estruturação de um regime de força (1964-1985). Há relevância, pois permitirá um aumento (modesto, mas contundente) da capacidade analítica sobre os aparelhos e organismos de polícia e inteligência e da compreensão dos limites do jogo real, as limitações impostas sobre um regime democrático latino-americano dotado de organismos do gênero em funcionamento e disputa interna.
4) Hipóteses
Temos duas hipóteses concentradas no círculo mais concêntrico do tema de pesquisa (o de aro mais fechado). Todas se desenvolvem dentro do marco estrito do estudo sobre o conflito interno da PF e são apresentadas de em ordem de importância decrescente (ou seja, mais afastado tema central). São elas:
4.1 – A disputa entre a ADPF x Fenapef, num sentido mais amplo, é a contradição e disputa entre a prerrogativa de controle militar e a ala legalista, pró-democracia de direito e pró-controle civil de fato sobre o aparato de segurança-inteligência.
4.2 – O FBI como referência para a PF não é algo exequível. Isto levando em conta tanto a gênese do órgão como o desenvolvimento da corporação. Este modelo e referência é uma contradição perante a tutela militar, a falta de autonomia perante o Executivo (especificamente a Presidência e os partidos aliados) e a ingerência dos EUA sobre a PF.
5) Objetivos
Os objetivos do trabalho obviamente se relacionam com as hipóteses levantadas e a possibilidade de comprová-las. Além disso, tem a intenção de somar e colaborar com o conhecimento político sobre áreas que por vezes se escondem sob aparências jurídico-normativas e/ou técnicas.
Reconhecemos também estas características, mas não deixamos de buscar os eixos políticos que traçam e condicionam a atuação dos atores que estudamos. Apontamos a seguir, especificamente três objetivos, sendo que o terceiro está além das hipóteses do ítem 4. São eles:
5.1 – Estudar a continuidade das prerrogativas de controle militar, através dos vínculos entre delegados federais – comunidade de informações – alto oficialato (via GSI); acrescentado o que este vínculo significa em termos de barrar uma plena atuação da PF. Tais prerrogativas implicam em modelo de privilégios, ingerência política, perda de capacidade operacional e choque de lealdades.
5.2 – Estudar como as disputas internas na PF em regime democrático e com base sindicalizada aponta uma tentativa de reforma no aparato policial (da parte da Fenapef). Esse intento encontra eco no MP (dos estados, mas especificamente o federal), ressonância (alegada) da mídia, mas pouca ou nenhuma efetivação concreta. O Plano Nacional de Segurança Pública, a não-intervenção federal no Espírito Santo (ambos episódios no 2º governo de Fernando Henrique) e a nomeação de Paulo Lacerda (já no governo Lula) são exemplos que reiteram esta afirmação.
6) Uma parte de metodologia e seus derivados
1a versão de questionário básico a ser aplicado como roteiro de entrevista na pesquisa de campo da dissertação de mestrado. As perguntas não estão ainda em nenhuma proposta de ordem para serem feitas.
Como o senhor analisa as acusações de ingerência dos EUA (a exemplo do dossiê da revista Carta Capital), através da embaixada e com financiamento direto de operações treinamento por parte da CIA, DEA e FBI, no interior da PF? Estas denúncias procedem? Há setores que não respondem mais à hierarquia do órgão e sim diretamente às agências dos EUA? Se a afirmação for positiva, quais seriam as alternativas para realizar estas operações, equipagem e treinamento?
Qual é baseado na opinião do senhor e em sua experiência profissional, a relação e a possibilidade de trabalho em conjunto entre a PF e o GSI/ABIN? Quais seriam, ainda na opinião do senhor, os papéis precisos da PF e da ABIN? Quem deveria operar, aonde e sob qual tipo de coordenação? No plano do concreto, que tipo de influência exercia o general Cardoso sobre a PF e o conjunto da “comunidade de inteligência”, especialmente a partir da queda de Vicente Chelotti até o fim do 2o mandato de Fernando Henrique?
Como entende que deveriam ser as carreiras de delegado e agente na PF? Considera possível uma PF sob os moldes do FBI atual (pós-Hoover e com carreira operacional única)? Considera possível uma PF onde os agentes voltem a ter exigência de 2o grau completo ao invés de nível superior?
O que o sr. pensa sobre as transformações no MJ? Deveria funcionar como um Ministério do Interior? Considera necessário a existência de uma guarda federal fardada e com emprego a nível nacional? Existindo esta guarda, como ficaria a relação com o Exército, especialmente em zonas que há Pelotões Especiais de Fronteira? Seria empregada somente na faixa de fronteira ou também para intervenção nos estados?
Qual deveria ser, tanto o critério como a motivação para uma intervenção federal em estados, micro-regiões e/ou municípios? Seria, apenas para exemplificar:
Por calamidade pública? Zona de emergência? Por corrupção endêmica? Por rebelião de polícias? Área de segurança nacional? Descontrole do Estado, como no chamado Polígono da Maconha? Municípios na faixa de fronteira? Tratando de um caso específico, foi a favor da intervenção federal no Espírito Santo, a que não ocorreu, no ano de 2002? Porque?
Pediria ao senhor que fizesse uma análise profissional e política, pormenorizada, dos seguintes profissionais, quando no exercício de funções de chefia e liderança em suas instituições e/ou corporações:
– A gestão de Vicente Chelotti como presidente da ADPF?
– A gestão de Vicente Chelotti como DG da PF?
– A gestão de Romeu Tuma como DG da PF? A presença política e profissional de Tuma no órgão?
– A gestão de Romeu Tuma na presidência da ADPF?
– A atuação e trajetória de Francisco Garisto no movimento sindical da PF, incluindo a greve de 1994? A gestão dele na Fenepef? A trajetória profissional de Garisto como agente da PF?
Qual é hoje, o grau de coordenação entre os MPs estaduais e Federal com a PF? Considera a atuação do GAECO do MP-SP e a Superintendência naquele estado como modelar? Qual seria então o tipo de coordenação, incluindo o nível dos recursos e o grau de autonomia tática, necessários para fazer frente às urgências investigativas e processuais?
Como o senhor vê o papel da PF como órgão executor de repressão política e social? Esta função seria da ABIN? Seria da própria PF? Como se dariam então as antecipações necessárias para cumprir o trabalho? Deveria ser exercida, por exemplo, a repressão às rádios comunitárias?
O senhor vê necessidade da figura do delegado no processo de instrução? Quem deveria executar o processo é o delegado ou o juiz de instrução? Como funcionaria então uma polícia exclusivamente investigativa e judiciária?
Como o senhor vê o papel da Fenapef e dos sindicatos estaduais na PF? Tanto hoje como durante a gestão de Chelotti como DG? Como o sr. vê o papel da ADPF e as respectivas associações e sindicatos estaduais de delegados, na PF? Tanto hoje como durante a gestão de Chelotti?
Se o senhor fizesse um mapeamento da instituição, quantos setores de fato existem hoje? Seus interesses são conflitantes, são confluentes? Seus projetos para o órgão são conflitantes, são confluentes? A hierarquia do órgão exerce de fato poder de mando no conjunto dos servidores? Que setores têm autonomia dentro da própria instituição?
Existe continuísmo na PF? Existe continuísmo de resquícios e pessoal do regime militar? Que relevância tem esse continuísmo, caso exista, para a filosofia de trabalho do órgão?
Existe alguma transparência na PF? Que tipo de transparência e relação com a sociedade, na opinião do sr., deveria existir?
Caso o sr. tivesse poder de mando e execução, que mudanças realizaria na PF?
Fontes bibliográficas e hemerográficas do Projeto
Bibliografia
BEAKLINI, Bruno. O Grampo do BNDES: um diálogo da ABIN coim a mídia oficiosa. Rio de Janeiro, UFRJ/CFCH/ECO (monografia de conclusão do curso de comunicação social-jornalismo) 2001, 143p.
ESG. Manual Básico. Rio de Janeiro, ESG, 1992, 336p.
FICO, Carlos. Como eles agiam. São Paulo, Record, 2001, 269p.
HUGGINS, Martha K. Polícia e Política: relações Estados Unidos/América Latina. São Paulo, Cortez, 1998, 292p.
HUNTINGTON, Samuel P. A ordem política nas sociedades em mudança. São Paulo, EdForense e EdUSP, 1975, 496p.
SOUZA, Percival de. Autópsia do Medo. São Paulo, Globo, 2000, 650p.
STEPAN, Alfred. Os Militares: da Abertura à Nova República. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1986, 115p.
TZU, Sun. A Arte da Guerra. Rio de Janeiro, BibliEx, 1958, 78p.
TZU, Sun. A Arte da Guerra. São Paulo, Record, 1996, 111p.
ZAVERUCHA, Jorge. Rumor de Sabres. São Paulo, Ática, 1994, 270p.
ZAVERUCHA, Jorge. Frágil Democracia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000, 333p.
Hemerografia, impressa:
Caros Amigos, No. 36, março 2000, entrevista com Francisco Carlos Garisto.
Hemerografia eletrônica:
www.abin.gov.br
www.adpf.com.br
www.dpf.gov.br
www.fenapef.org.br
www.terra.com.br/cartacapital/dossiegrampos
www.terra.com.br/istoe
Notas finais do anteprojeto
1 Optamos no trabalho em utilizar a sigla PF (Polícia Federal), por ser a de maior referência e uso na mídia, em especial a mídia impressa. O termo técnico correto, pelo qual este órgão é denominado é DPF (Departamento de Polícia Federal), como uma autarquia departamental do Ministério da Justiça (MJ).
2 Estamos nos referindo à uma dicotomia básica em todo e qualquer processo.político: elementos de Permanência x os elementos de Alternância. No que diz respeito especificamente à comunidade de segurança e informações, a Permanência (em especial nos órgãos de inteligência) é da própria natureza da atividade. Para dados quantitativos de permanência na Agência Brasileira de Inteligência (ABIN, apenas p/ex.)e exemplos históricos afins, ver Beaklini (2001).
3 Ver www.adpf.com.br
4 Hoje senador da república pelo PFL/SP, curiosamente o ex-delegado nega seus antecedentes no DOPS. Tuma diz apenas haver sido policial civil de carreira de São Paulo, isto em seu currículo exposto na página oficial de sua candidatura e também na página oficial de seu mandato no senado. Ver www.senadortuma.com.br e www.senado.gov.br/web/senador/rtuma/rtuma.2htm.
5 Ver www.sitedogaga.hpg.ig.com.br, nesta página oficiosa da Fenapef constam os fatos mais relevantes da criação do sindicalismo policial e suas respectivas greves. O primeiro sindicato criado foi o do Rio Grande do Sul, no ano de 1988. Foi apelidado pela hierarquia dos delegados como (a praga dos pampas(. Ver www.sinpef-rs.org.br.
6 Nos referimos aos órgãos do governo dos EUA que operam no Brasil. São eles, o FBI (Federal Bureau of Investigation), equivalente e referência alegada da PF; a DEA (Drug EnforcementAdministration),agência estadunidense anti-drogas, que ao contrário da Secretaria Nacional Anti-drogas (SENAD, pertencente ao Gabinete de Segurança Institucional, GSI, ex-Casa Militar), tem capacidade operacional; e a CIA (Central Intelligence Agency),o serviço que centraliza a espionagem externa dos EUA. Veremos ao longo do trabalho que houve duplo alinhamento, a CIA financiando uma ala e a DEA a outra.
7 Para as acusações, ver www.terra.com.br/cartacapital, no dossiê especial de inteligência, no subítem chamado (A Polícia Federal do Chelotti(. Para a mudança do organograma da PF, ver a página oficial www.dpf.gov.br, ítem de organogramas, primeira página dos organogramas completos, referente ao decreto No. 4.053, de 13/12/2001 – RIDPF – aprovado pela portaria No. 1.016/MJ, de 04/2002.
8 Esta polêmica poderemos ver quando no ano de 2002, nos meses de junho e julho, se deu a possibilidade de intervenção federal no estado do Espírito Santo (ES), e na falta desta, a posterior demissão do então ministro da Justiça Miguel Reale Júnior. Reale Jr.
9 Cabe aqui uma observação. Apágina da oficial da ABIN (www.abin.gov.br) foi alterada da troca de governo, e a Agência sob comando do governo Lula (2002-2006) retirou esta afirmativa de seus textos oficiais. Mas, não é por isso que a Missão haveria de mudar
10 O delegado Paulo Lacerda, indicado pelo ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos (o advogado paulista ministro da Justiça indicado na posse do governo Lula, defendeu Antônio Carlos Magalhães quando o senador baiano renunciou ao cargo por causa do escândalo da fraude do painel do senado)além de ex-presidente da ADPF, foi assessor de Tuma quando já ocupava o cargo de senador da república pelo Partido da Frente Liberal de São Paulo (PFL/SP). Para uma análise a respeito é interessantever a revista mensal Caros Amigos, No.72, março de 2003, no artigo do repórter investigativo Cláudio Júlio Tognolli, de título (A égua do PFL).
11 Para um detalhamento desta greve, ao menos a versão da Fenapef, ver Caros Amigos, No. 36, março de 2000, que tem na matéria de capa a entrevista com Francisco Carlos Garisto, primeiro presidente e um dos fundadores da Fenapef.
12 Para não nos tornarmos repetitivos em relação aos clássicos da estratégia, tomamos como referência nosso trabalho anterior, (O Grampo do BNDES( (Beaklini 2001, em vias de publicação editorial ainda este ano)), onde no seu primeiro capítulo (Introdução Metodológica) realizamos recorte, interpretação e análise a partir das obras de Golbery do Couto e Silva, Clausewitz, Leo Hamon, Hector Luis Saint-Pierre e um documento da Federação Anarquista Uruguaia (FAU), escrito durante a guerrilha urbana uruguaia, em plena clandestinidade, onde esta organização político-militar operava através de seu braço militar (chamado de Organização Popular Revolucionária 33 Orientales, OPR-33).
13 Repetimos a opção por utilizar a sigla difundida na mídia, que é PF, e não o nome correto da corporação, que é DPF.
14 Dentro da CGOPS, a Coordenação 2, COPS, é voltada para a Ordem Política e Social e a de número 3, Coordenação de Prevenção e Repressão a Conflitos Agrários e Fundiários, CCAF, é voltada para os conflitos desta ordem no campo (profanamente é chamado de (DOPS Rural(). Ver www.dpf.gov.br, organograma geral II, decreto No. 4.053, de 13/12/2001.
15 Uma ressalva a partir deste parágrafo. Em momento algum estamos afirmando estarem os agentes e delegados conformados como dois blocos hegemônicos. Esta afirmação seria no mínimo absurda. Recorrendo à história recente, o próprio Chelotti foi presidente da ADPF durante a greve de 1994. Obviamente que sua gestãoà frente da Associação foi distinta daquela exercida por Paulo Lacerda. Uma parte importante do trabalho é a identificação deste grupo que hoje controla a ADPF e os pontos que o distinguem da gestão de Chelotti. O mesmo pode ser afirmado em relação aos agentes. Há uma referência marcante que é Francisco Garisto. Na página oficial da Federação tem um link para sua página pessoal. Somente esta evidência já bastaria para comprovar que se trata no período histórico onde o trabalho se desenvolve, de duas associações de classe protagonizadas por grupos específicos (ou redes de grupos). Entendo que seria uma leviandade afirmar que agentes e delegados conformam no momento dois blocos homogêneos e que a disputa se dá apenas por interesses corporativos.
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França e Inglaterra abrem seus arquivos secretos sobre UFOs. E o Brasil?
Comentário do Taka
Antes de escrever sobre a abertura dos arquivos secretos da França e da Inglaterra quero mencionar algumas coisas sobre essa seção do meu blog. Tenho recebido emails de amigos, ativistas ou não, com as mais diversas opiniões. Também tenho ouvido sugestões ao vivo de diversas pessoas. Como era de se esperar a reação da maioria é espanto ou desqualificação do tema. Muitos falam pra eu parar de escrever sobre UFOs porque é o caminho pra cair em descrédito. Outros já falaram pra eu parar de escrever, mas não justificam o motivo, provavelmente por medo da minha reação.
Em compensação outras pessoas às quais respeito muito vieram falar comigo sobre o tema com o devido respeito e seriedade; não tratando o assunto como piada ou "pisando em ovos" pra falar comigo. Admito que entre essas pessoas fiquei surpreso com o fato de três delas partilharem da minha opinião sobre o tema, mas que não se expõem por medo de serem prejudicadas, seja no seu emprego, seja entre nosso circulo de amigos. São três pessoas que eu sinceramente não esperava interesse nenhum por tal tema, principalmente por seu histórico ativista.
Pra infelicidade dos que querem que eu encerre essa seção vou continuar alimentando-a e suscitando esse debate, pois considero o tema tão importante quanto qualquer outro deste blog. Como já afirmei antes vou tratar apenas de casos que sejam objeto de estudos rigorosos ou que tenham o mínimo de reconhecimento oficial. Se isso é motivo para a pessoa parar de ler meu blog ou parar de me levar a sério não se sinta obrigada a falar comigo, estará me fazendo um favor se deixar de ser hipócrita. Não preciso da benção de ninguém para escrever sobre o assunto que eu quiser!
Desabafo feito vamos aos negócios.
Recentemente a Inglaterra se juntou à França na atitude de revelar ao público seus arquivos secretos sobre UFOs. Ambos os governos estão disponibilizando ao público todos os seus arquivos sobre o tema. Isso indica uma tendência mundial de abertura de arquivos secretos sobre UFOs em contraposição à política de acobertamento do governo norte-americano. Mas tenho minhas dúvidas sobre até que ponto esses governos estão abrindo seus arquivos de verdade. A possibilidade de ser uma estratégia de desinformação ou uma nova forma de acobertamento é grande. Mesmo assim são fatos de grande importância, haja visto que uma boa porcentagem dos arquivos liberados contém casos aonde os governos não encontraram explicações.
A liberação dos "X-files" ingleses e franceses dá fôlego à campanha brasileira UFOs: Liberdade de Informação Já, que desde 2004 pressiona o governo a liberar os arquivos secretos sobre três casos emblemáticos da ufologia brasileira: 1)a Operação Prato de 77, quando UFOs atacaram a população de Colares, no Pará, durante mais de 4 meses e uma tropa de elite do PARASAR foi enviada para investigar o caso. O caso adquiriu notoriedade na época e foi relembrado em 97 após o comandante da Operação Prato, Capitão Uryangê Hollanda, confirmar em entrevista à ufólogos que a operação Prato entrou em contato com extraterrestres; 2) a Noite Oficial dos UFOs, quando o espaço aéreo brasileiro foi invadido por mais de 20 UFOs que foram perseguidos por caças e avistados por milhares de pessoas em São Paulo, Rio de Janeiro e São José dos Campos e 3) o caso do ET de Varginha, que conta com diveras testemunhas civis e militares.
*Abaixo algumas matérias sobre a abertura dos "X-files" ingleses e franceses. No final deste post há uma relação de países que já admitiram a existência de UFOs.
Governo britânico pretende acabar com especulações sobre UFOs e abre seus arquivos secretos
O Ministério da Defesa britânico pretende abrir gradualmente ao público nos próximos meses seus arquivos secretos sobre aparições de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados), segundo relatos publicados na imprensa local. De acordo com o jornal The Observer, a intenção do governo é acabar com as especulações sobre as supostas informações secretas relacionadas ao tema.
Segundo o Daily Telegraph, serão divulgados um total de 160 arquivos sobre investigações de supostas aparições de OVNIs. Os arquivos contêm informações sobre mais de 7 mil relatos de OVNIs recebidos nos últimos 30 anos pelo serviço de inteligência do ministério a cargo das investigações. Sem explicação Em cerca de 5% dos relatos, as investigações não teriam conseguido chegar a uma explicação para os OVNIs.
O Observer comenta, porém, que a divulgação dos arquivos deve, na avaliação de alguns especialistas, mostrar que a maioria dos incidentes envolvendo OVNIs foram atividades militares como lançamento de mísseis, testes de protótipos de aeronaves e outras atividades durante a Guerra Fria.
Mas o jornal observa que, ainda assim, o governo deve continuar sob pressão dos que crêem que nem todas as informações coletadas pelo Ministério da Defesa serão tornadas públicas. No ano passado, o governo da França já havia aberto os seus arquivos secretos sobre OVNIs, disponibilizados na internet.
França divulga arquivos sobre Ovnis
EFE 23 Março 2007
Mais de 100 mil páginas sobre observações misteriosas serão
disponibilizados na rede.
Agência francesa não tem explicação para um em cada três casos.
A França se transformou nesta quinta (22) no primeiro país do mundo a publicar na internet os arquivos de seu grupo de cientistas dedicados à busca de Ovnis e à pesquisa de fenômenos aeroespaciais não identificados.
Os 1.600 casos analisados pelo Grupo de Estudo e de Informação sobre Fenômenos Aeroespaciais Não Identificados (Geipan, sigla em francês) serão paulatinamente publicados na rede e poderão ser consultados por qualquer um.
Embora o grupo não existisse até a década de 70, o primeiro testemunho do tipo foi recolhido na França em 1937. Como aperitivo, os aficionados e especialistas poderão ter acesso a 400 casos através da página do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), do qual depende o Geipan. O restante dos dados, incluindo 6 mil testemunhos e 3 mil interrogatórios serão publicados com o tempo. No total, cerca de 100 mil páginas estarão à disposição do público.
Ali, podem ser encontradas as investigações, os dados e as provas dos casos estudados pelo grupo de cientistas que, em muitas ocasiões, teve que concluir que se tratava de fenômenos inexplicáveis.
"Não se deve esperar de nossos arquivos revelações, mas esperamos que sirvam aos cientistas, e que o fenômeno dos Ovnis se transforme, finalmente, em um objeto de estudo como qualquer outro", explicou o atual responsável pelo Geipan.
Alguns casos serão paradigmáticos na história da busca de Ovnis, como o avistado pelos membros da tripulação de um vôo francês. Um objeto que descreveram como algo em forma de lentilha, com cerca de 200 a 300 metros de diâmetro foi claramente visto perto de Paris pelo piloto, o co-piloto e outro membro da tripulação de um vôo da Air France que ia de Nice a Londres, em 28 de janeiro de 1994.
Os radares do Exército francês também detectaram seu rastro, o que levou os especialistas a considerá-lo um Ovni, por não encontrarem outra explicação razoável. Também não encontraram explicação científica para o relato de um pedreiro aposentado que assegurou que, em 1981, viu pousar, perto de seu jardim, uma espécie de disco voador de cerca de 2,5 metros de diâmetro.
Quando os cientistas foram investigar o caso, encontraram provas incompreensíveis: o lugar no qual supostamente aterrissou a nave espacial apresentava restos de terra que, segundo os laboratórios consultados, tinha sido submetida a temperaturas em torno de 600°C e tinha suportado um objeto de entre 500 e 700 quilos. Além disso, a análise dos pés de alfafa que estavam perto do lugar revelou que os vegetais sofriam um enfraquecimento no processo de fotossíntese que os botânicos só puderam explicar como conseqüência de contato com um campo elétrico intenso. Provas suficientes para qualificar o caso como inexplicável.
O trabalho do Geipan permitiu, também, dar uma explicação científica a outros casos ou descobrir superstições baratas. Em 1979, o grupo desmascarou alguns feirantes que contaram à imprensa que um deles tinha sido seqüestrado por extraterrestres. Seis anos depois, os cientistas encontraram uma explicação razoável para que uma bomba alemã da Segunda Guerra Mundial tivesse caído em um campo em que trabalhavam dois agricultores: os nazistas tinham escondido armas em uma restinga próxima e, com o tempo, a nitroglicerina ativou-se sozinha.
Desde sua criação nos anos 1970, o Geipan não teve explicação para um em cada três casos.
Países que já admitiram oficialmente a existência de UFOs:
Gevaerd
Extinta URSS, em 1969. O então ministro das Ciências foi à TV e admitiu que a União Soviética considerava o assunto UFO como muito sério e afirmou ser uma nova obrigação dos cidadãos soviéticos relatar às autoridades todas e quaisquer observações destas naves. Após o programa, mais de 100 mil cartas foram recebidas com tais relatos, enviadas por pessoas de todos os cantos da URSS. Nunca mais o governo soviético tocou no assunto…
França, em 1976. O próprio presidente Alain Giscard d’Estaing apresentou-se num programa especial de TV e confirmou que os UFOs existiam, que eram extraterrestres e que estariam se aproximando da Terra. Nesta oportunidade, perante a estupefacta opinião pública, mostrou dezenas de fotos e filmes de UFOs sobre o país e fundou uma entidade oficial de pesquisas ufológicas, o Groupment d’Études des Phénomènes Aeriens (Gepan). O organismo está funcionando até hoje, instalado numa sala nos arredores de Paris e sobrevivendo com pouquíssimos recursos. Seu diretor atual é Jean-Jacques Velasco, que no ano passado
esteve envolvido no Relatório Sturrock, que "ressuscitou" o assunto UFO nos meios científicos.
Argentina, em 1978. Num arroubo de popularismo, o então presidente admitiu que os UFOs existiam, mas não entrou em detalhes. Hoje sabe-se que a Força Aérea Argentina tem um programa oficial e semi sigiloso de pesquisas ufológicas.
Uruguai, em 1982. Um ex-presidente admitiu que os UFOs existem e confirmou a existência de uma entidade de pesquisas do assunto dentro da Forca Aérea Uruguaia, fundada em 1979. É a Comisión Receptadora e Investigadora de Denuncias OVNI (Cridovni), uma entidade aberta e mista de civis e militares, mas extremamente céptica – seus membros utilizam metodologia atrasada e sequer crêem em abduções…
Brasil, em 1986. Durante uma intensa onda ufológica que durou vários dias de maio daquele ano e que culminou com o que ficou conhecida como a noite oficial dos UFOs no Brasil, o então ministro da Aeronáutica Octávio Moreira Lima admitiu que os radares do Cindacta e os dos aeroportos do Rio, São Paulo e Belo Horizonte estiveram detectando mais de 20 objetos não identificados com cerca de 100 m de diâmetro cada, entupindo as principais aerovias do país. Lima prometeu um relatório sobre o assunto em 30 dias. Hoje, passados 12 anos, tal relatório ainda não se materializou…
Bélgica, em 1994. Em meio à uma fantástica onda ufológica que assolou o país naquele ano e seguintes, especialmente envolvendo observações de misteriosos triângulos voadores, o ex-ministro de Defesa da Bélgica, deBrouer, admitiu que o assunto é serio e que a Forca Aérea iria pesquisa-lo oficialmente. Há rumores de que haja um centro de pesquisas estabelecido, mas nada está confirmado.
Chile, em 1996. O general e atual senador vitalício Ramón Vega, amigo do ex-ditador Pinochet e de 9 em cada 10 militares do país, conseguiu levar o debate ufológico para os meios oficiais, com certeza forçado pela crescente onda ufológica que atinge o Chile e que inclui ocorrências em plena luz do dia sobre Santiago. Vega estimulou e conseguiu que fosse fundado o Centro de Estúdios de Fenómenos Aeroespaciales (CEEFA), dentro da Força Aérea Chilena. Este organismo é misto e o representante de UFO no Chile, Rodrigo Fuenzalida, toma parte em suas discussões e pesquisas.
Espanha, em 1997. O país admitiu que os UFOs existem em varias ocasiões, a última delas há alguns anos. Desde 1993 a Forca Aérea Espanhola vem liberando pedaços desconexos de documentos oficiais sobre o assunto, o que levou ufólogos do mundo todo a suspeitarem de manobra política. Só casos menores e sem importância são divulgados, ainda assim distorcidos. Os casos mais complexos são sonegados.
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Urnas eletrônicas terão sistema operacional Linux nas eleições
Comentário do Taka
Ao contrário do que pensam alguns colegas "ativistas radicais" acho um avanço cada vez que o Software Livre conquista mais um espaço. Sim, acho "da hora" que empresas, governos e o caralho a quatro usem Linux. No meu entendimento, mesmo sendo usado para atividades capitalistas, a migração pra sistemas abertos é uma evolução no modo de produção e, consequentemente, uma evolução pra humanidade como um todo. A disputa desse novo modo de produção é que está em jogo, por isso confinar inovações do Software Livre à guetos ativistas é restringir inovações tecnológicas que poderiam estar massificadas e sob controle de grupos com visão política democrática e revolucionária.
Imaginem se o Google fosse um projeto sob controle de um coletivo com linha política republicana socialista ao invés de uma empresa puramente capitalista? Ele seria usado pelas mesmas pessoas e organizações que o usam hoje em dia? Daria lucro? Sim, mas tudo isso sob controle de um coletivo com objetivo político de ruptura, que direcionaria esses recursos pra transformação social. Mas a grande dúvida: quem garante que esse coletivo não se perderia no caminho e seria consumido pela lógica neoliberal? Simples, "quem" garantiria isso seriam três conceitos desconhecidos pra muitos ativistas, principalmente os envolvidos com Software Livre: unidade de comando sob uma estratégia de longo prazo guiada por uma sólida ideologia de ruptura não sectária.
Infelizmente, a situação atual é de muitos talentos em Software Livre sendo perdidos para o governo, para o mercado ou para projetos políticos sectários.
Urnas eletrônicas terão sistema operacional Linux nas eleições
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral decidiu, na sessão administrativa dessa quinta-feira (13), autorizar a substituição do sistema operacional VirtuOS e Windows CE de todas as 430 mil urnas eletrônicas, pela versão de software livre Linux, a ser desenvolvida pela equipe técnica do próprio Tribunal. O objetivo é conferir mais transparência e confiabilidade à urna eletrônica e ao processo eleitoral. O novo sistema estará em vigor nas próximas eleições municipais, em 2008.
A Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) sugeriu a adoção de um sistema operacional baseado em software livre, adaptado para a urna eletrônica e que seja de propriedade da Justiça Eleitoral. A intenção é facilitar a auditoria do sistema operacional por parte dos interessados em se certificar que todos os sistemas são confiáveis e seguros, diminuir os custos de aquisição de novas urnas eletrônicas em virtude da utilização de um sistema operacional gratuito e, ter um único sistema operacional para simplificar e diinuir o custo de desenvolvimento, testes e homologação dos sistemas das urnas eletrônicas.
A equipe técnica do TSE, desde 2002, vem realizando testes para viabilização de uma solução de código aberto. Foi escolhido o sistema operacional Linux, software código-aberto (Open Source) cujo núcleo vem sendo desenvolvido e aprimorado desde 1991, quando o seu criador disponibilizou o código na Internet. Várias empresas como IBM, HP, Intel, Dell, entre outras, têm investido em código aberto. Atualmente existem mais de 450 distribuições diferentes no mercado.
Segundo a Secretaria, as vantagens da utilização do Linux na urna eletrônica são: padronização, pois é possível utilizar o sistema operacional Linux em todos os modelos de urna; transparência, por se tratar de um sistema operacional aberto, todo código-fonte está disponível ao público em geral e pode ser auditado livremente; independência, já que o desenvolvimento será realizado pela própria equipe técnica do TSE, não haverá dependência de fabrcante ou fornecedor, muito menos haverá pressões mercadológicas para atualização de versão, nem dependência de políticas de licenciamento e suporte, como ocorre hoje.
Outros aspectos positivos são: a confiabilidade; o custo zero, pois não há pagamento de propriedade intelectual e de direitos autorais, pois não requer qualquer licença; e sua adaptação às necessidades da Justiça Eleitoral, uma vez que conterá somente o necessário para o funcionamento da urna. A manutenção ou qualquer alteração poderá ser feita internamente e com muita rapidez, sem a necessidade de intervenção do fabricante ou fornecedor.
Essa substituição, por fim, aumentará a credibilidade das eleições, pois a substituição dos atuais sistemas operacionais utilizados por Linux é um fator facilitador para apresentação do sistema na íntegra, incluindo o núcleo, sem as dificuldades impostas pela propriedade intelectual dos criadores.
fonte: 180 graus
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A Esperança foi Renovada
Comentário do Taka
No dia 28 de dezembro de 2007, o General norte-americano David Petraeus, Comandante da Força Multinacional no Iraque, expediu uma Ordem do Dia, sob a forma de uma carta dirigida a todos os seus elementos subordinados. Reproduzo o texto dele para análise dos leitores do meu blog.
A Esperança foi Renovada
A Esperança foi Renovada
“ Soldados, marinheiros, integrantes da Força Aérea, Fuzileiros Navais, membros da Guarda Costeira e civis da Força Multinacional do Iraque: ao ensejo do encerramento de 2007, vocês devem olhar para trás, com orgulho do que foi alcançado em 2007, junto aos seus companheiros militares, aos nossos parceiros iraquianos e aos civis da Coalizão no Iraque.
Há um ano atrás, o Iraque estava tomado por uma terrível violência e à beira de uma guerra civil. Hoje, os níveis de violência, bem como as baixas entre civis e militares foram significativamente reduzidas, e a esperança foi renovada em muitas comunidades iraquianas. Com certeza, o progresso é reversível e ainda há muito mais por fazer. Não obstante, os objetivos duramente alcançados em 2007 foram substanciais e eu desejo agradecer-lhes, individualmente, pelas suas contribuições a cada um deles.
Em resposta aos desafios que o Iraque enfrentou há um ano atrás, nós e nossos parceiros iraquianos, adotamos uma nova postura. Nós incrementamos nosso foco na segurança do povo iraquiano e, em alguns casos, retardamos a transição de tarefas às forças de segurança iraquianas. Forças adicionais norte-americanas e oriundas da Geórgia foram desdobradas no teatro, os rodízios das unidades norte-americanas foram estendidos, e as forças iraquianas implementaram um aumento de efetivo gerando um acréscimo de mais de 100 000 policiais e soldados iraquianos durante todo o ano, de modo que pudessem, também eles, dispor de novas forças para a execução dessa nova postura. Em locais como Ramadi, Baqubah, Arab Jabour, e Baghdad , vocês e nossos irmãos em armas iraquianos, lutamos, muitas vezes, casa a casa, quarteirão por quarteirão, e bairro a bairro, para eliminar santuários da Al Qaeda iraquiana, neutralizar elementos de milícias extremistas, e tornar as ruas livres de criminosos de diferentes matizes. Tendo estabelecido postos de segurança nas diferentes áreas, a fim de mantê-las, vocês trabalharam em conjunto com os iraquianos, desenvolvendo mais forças de segurança locais, além de motivar a população para auxiliar os nossos esforços. Esta postura não foi fácil. Ela demandou procedimentos de pronta resposta na condução de árduas operações ofensivas, soluções criativas para uma miríade de problemas no terreno, e persistência ao curso de longos meses e durante inúmeras situações diversificadas. Ao longo de tudo isso, vocês comprovaram sua eficácia em cada tarefa, demonstrando, continuamente, uma impressionante capacidade de conduzir operações de combate e de estabilidade num ambiente operacional extremamente complexo.
Suas realizações proporcionaram ao povo iraquiano uma nova confiança e estimularam muitos cidadãos a rejeitar o terrorismo, confrontando aqueles que o praticavam. Na medida em que os meses passaram em 2007, na realidade, o despertar tribal iniciado na Província de Al Anbar propagou-se por outras partes do País. Motivados pela implementação da segurança, cansados da violência indiscriminada, da ideologia extremista, os iraquianos gradativamente rejeitaram a Al Qaeda iraquiana e as diversas milícias extremistas. Cada vez mais, o desejo dos iraquianos de contribuir para a sua própria segurança foi se manifestando pelo número crescente de cidadãos voluntários para a polícia e para o Exército, assim como pelos programas locais de implementação da cidadania. Refletiu-se nas informações fornecidas por cidadãos que contribuíram, significativamente, para a destruição de armas ilegais em número duas vezes maior do que no ano de 2006. E, hoje, essa participação está visível num grande número de comunidades iraquianas que apóiam suas forças de segurança locais, em todo o País.
Como um resultado do seu trabalho duro e aquele desenvolvido pelos nossos irmãos em armas iraquianos e com o apoio da população local em muitas áreas, presenciamos significativas melhorias na qualidade da segurança. O número de ataques semanais reduziu-se em cerca de 60%, desde um pico em junho deste ano a um nível verificado no verão de 2005. Com menos ataques, constata-se uma significativa redução de perdas de vidas. O número de civis mortos decaiu cerca de 75 % desde seu índice mais alto, há um ano atrás, reduzindo-se a um nível nunca visto desde o início de 2006. E o número de baixas na Força de Coalizão também se reduziu substancialmente. Temos em mente que o progresso alcançado no presente ano foi obtido como resultado do sacrifício e do serviço altruísta de todos aqueles envolvidos, e que o novo Iraque ainda demandará confrontações com inúmeros inimigos e incontáveis obstáculos. A Al Qaeda iraquiana foi significativamente degradada, todavia permanece capaz de executar terríveis atentados a bomba. Milicianos extremistas foram neutralizados, porém permanecem influentes em muitas áreas. Criminosos foram presos, porém muitos permanecem atuando nas ruas e intimidando cidadãos locais e autoridades de diversos níveis do Governo Iraquiano. Nós e nossos parceiros iraquianos ainda temos que lidar com cada um desses desafios no Ano Novo, a fim de manter a situação cada vez mais sob controle.
Enquanto o progresso em algumas áreas é frágil, as melhorias na segurança foram significativamente incrementadas em muitas partes do Iraque. No momento, é imperativo que aproveitemos as vantagens dessas melhorias, visualizando além da arena da segurança, e auxiliando as autoridades políticas e militares iraquianas a desenvolver suas soluções em outras áreas, soluções que possam manter-se sustentáveis a longo prazo. No nível tático, isto significa um crescente enfoque não apenas nas forças de segurança iraquianas – com as quais devemos compartilhar tudo o que fizermos – mas também auxiliando instituições governamentais iraquianas na restauração de seus serviços públicos essenciais, na criação de oportunidades de empregos, na revitalização dos mercados locais, na construção de escolas, no estímulo às atividades econômicas locais, e na manutenção da população local na contribuição à segurança. Teremos que fazer tudo isso, é claro, enquanto continuamos a reduzir nossos efetivos, diminuindo nossa presença no ambiente operacional e, gradualmente, incrementando a responsabilidade dos nossos parceiros iraquianos. Enquanto isso, a nível nacional, enfocaremos o auxílio ao Governo Iraquiano na integração de voluntários nas forças de segurança, contribuindo no desenvolvimento de uma maior capacitação administrativa, na assistência às pessoas deslocadas e refugiadas, fazendo-as retornar às suas residências originais, e, mais importante, desencadeando as importantes ações políticas e econômicas necessárias para explorar a oportunidade conseqüente dos resultados positivos na arena da segurança.
No presente momento, o ritmo do progresso de importantes ações políticas estão sendo mais lentos do que desejam as autoridades iraquianas. Mesmo assim, importantes medidas foram implementadas nos últimos meses. Autoridades do Governo Iraquiano estabeleceram um acordo na “Declaração de Princípios para a Amizade e Cooperação com os EUA” (Declaration of Principles for Friendship and Cooperation with the United States), que estabelece normas para um relacionamento duradouro entre as duas Nações. O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a solicitação iraquiana de uma renovação da Resolução que autoriza a operação da Força de Coalizão no Iraque. O Governo Iraquiano implantou uma importante Lei de Pensões que não apenas estende benefícios de aposentadoria a iraquianos que não possuíam esse direito anteriormente, mas que vem também a se constituir numa medida que contribui sobremaneira para uma reconciliação nacional. Nesse contexto, autoridades governamentais vem debatendo, com profundidade, uma segunda medida relacionada com a reconciliação, referente a uma reforma política no poder legislativo, assim como o Orçamento Nacional, ambos temas a serem votados ao início de 2008. Mesmo assim, todos os iraquianos envolvidos reconhecem que muito mais há que ser realizado politicamente, de modo a proporcionar ao País condições de uma trajetória irreversível de reconciliação nacional e de um desenvolvimento economicamente sustentável. A nós, desnecessário dizer, caberá trabalhar junto aos nossos companheiros de Embaixada no sentido de apoiar o Governo Iraquiano na sua luta para aproveitar as oportunidades proporcionadas pela melhoria no ambiente da segurança para o desenvolvimento de seu progresso político e econômico.
O Ano Novo trará novas mudanças. Substanciais rodízios de forças e ajustamentos de efetivos já iniciados continuarão. Uma Brigada de Combate do Exército Norte-americano e uma Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais (valor Brigada) Norte-americana retornarão aos EUA, sem previsão de substituição. Nos meses seguintes, quatro outras Brigadas e dois outros Batalhões de Fuzileiros Navais seguirão o mesmo destino. Enquanto isso, continuaremos a gerenciar a situação da segurança conforme ela evolua. E no contexto de todas as mudanças, nós e nossos parceiros iraquianos permaneceremos mantendo o presente momentum, pressionando e perseguindo os inimigos do Iraque de forma incansável. Soluções a muitos dos árduos problemas continuarão sendo encontradas no seu nível de execução, juntamente com as autoridades iraquianas locais, bem como com as Forças de Segurança do Iraque, tanto nas zonas de ação de batalhões e companhias quanto em bairros e localidades específicas. Na medida em que vocês e seus parceiros iraquianos transformem concepções em realidade, o progresso adicional emergirá lenta, porém consistentemente. Com o correr do tempo, gradualmente, presenciaremos alguns poucos dias ruins e acumularemos cada vez mais bons dias, boas semanas e bons meses.
O caminho à frente não será fácil. Inevitavelmente, ocorrerão mais dias e semanas árduas. Desafios não previstos emergirão. E o sucesso demandará um trabalho intenso contínuo, comprometimento e iniciativa de todos os envolvidos. Entretanto, na medida em que visualizamos o futuro, devemos ter em mente o quanto obtivemos neste ano passado. Graças aos esforços incansáveis e às corajosas ações do povo iraquiano, das autoridades políticas e militares iraquianas, das Forças de Segurança do Iraque, e de cada um de vocês, muito foi alcançado em 2007. Assim, ao entrarmos no Ano Novo, nós e nossos parceiros iraquianos teremos importantes conquistas a realizar e um novo sentido de esperança sobre o qual poderemos construir.
Como sempre, todos os seus Comandantes, nossos compatriotas lá em nossa terra natal e eu, apreciamos profundamente a sua dedicação, profissionalismo, comprometimento, e coragem demonstrados dia a dia. Permanece a maior das honras servir com cada um de vocês nesta crítica empreitada.
Sinceramente,
David H. Petraeus.”
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Vale e BNDES criam empresa de pesquisa de energia
A Vale do Rio Doce foi leiloada em 1997, período em que governo do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (PSBD), encabeçou uma política que foi responsável pela privatização de aproximadamente 70% do patrimônio nacional. A Vale, avaliada em R$ 92 bilhões, foi vendida por pouco mais de três bilhões. Atualmente, circulam na Justiça 107 ações que questionam a legalidade do leilão. O Tribunal Regional Federal de Brasília pretende apurar se houve vícios no edital de venda e se a empresa foi sub-avaliada no negócio.
A maior parte dos recursos para a compra da Vale foi fornecida pelo BNDES, que agora está em parceria com a nova Vale na empresa Vale Soluções em Energia S.A. – VSE, voltada para o desenvolvimento de ésquisas de energias limpas e renováveis. Durante o ano de 2007 diversas forças políticas de esquerda e movimentos sociais organizaram um plebiscito popular questionando a privatização da Vale. Porém, ao contrário do plebiscito sobre a ALCA o da reestatização da Vale não conseguiu ir além dos limites da esquerda militante.
Um documentário sobre o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce está disponível na internet. O filme pode ser assistido no site do Youtube (veja abaixo), em três partes. O material foi produzido por entidades, movimentos sociais e profissionais da área de áudio-visual de vários estados do país, com o objetivo de mobilizar a sociedade para o Plebiscito pela Anulação do Leilão da Vale que aconteceu em todo Brasil entre 1º e 7 de setembro de 2007. Outra função do documentário é informar, divulgar e formar interessados em participar da campanha "A Vale é nossa". Abaixo uma matéria da Agência EStado sobre a nova parceria da Vale privatizada com o BNDES.
fonte: Brasil de Fato
Vale e BNDES criam empresa de pesquisa de energia
Adriana Chiarini – Agência Estado – 07/01/07
A Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estão abrindo a empresa Vale Soluções em Energia S.A. – VSE. A VSE vai trabalhar no desenvolvimento de processos de geração de energia que não agridam o meio ambiente, que sejam sustentáveis e também com fontes energéticas renováveis.
A Vale terá 51% do capital social, a empresa de participações do BNDES (BNDESPar) ficará com 44% e a empresa paulista Sygma Tecnologia, Engenharia, Indústria e Comércio LTDA. participa da sociedade, com 5%. A VSE será, na prática, o Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Energia (CDTE), que tem investimento inicial previsto em R$ 220 milhões em um período de três anos.
O programa de investimentos do CDTE prevê desenvolvimentos tecnológicos e pesquisas nas áreas de gaseificação de carvão térmico e de biomassa e produção de turbinas a gás e motores pesados multicombustíveis. Também estão previstos acordos de cooperação e convênios com universidades e instituições de pesquisa com a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA); além de contratação de uma equipe própria de cientistas e pesquisadores. Haverá também programas com apoio a pesquisas e concessão de bolsas de pós-graduação e cursos de especialização.
Rio e São José dos Campos
A empresa terá sede no Rio, mas fisicamente ficará instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São Paulo, conforme estatuto social divulgado na sexta-feira. A previsão da Vale é que a nova empresa comece a operar no primeiro semestre de 2008.
No final do ano passado, o presidente da mineradora, Roger Agnelli, justificou a criação da empresa pelo fato de ser uma grande consumidora de energia elétrica. A mineradora quer utilizar as novas tecnologias a serem desenvolvidas pelo Centro para garantir seu abastecimento. Da parte do BNDES, o interesse se deve ao fato de esse tipo de investimento atender a três prioridades do banco – inovação, energia e meio ambiente, segundo uma fonte da instituição.
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Viajem ida e volta pra maceió por R$ 347,00 (é sério)
Resolvi postar isso pra ajudar a gurizada a fechar o ônibus. Já organizei muitos ônibus e sei como é osso.
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De 20 a 27 de janeiro vai rolar o Cobrecos (congresso brasileiro de estudantes de comunicação social) em maceió, alagoas. De São Paulo irá sair um microonibus no dia 18, com previsao de retorno no dia 29. O preço é 347 reais ida e volta. Bom, esse anúncio é pra você que quer acompanhar o congresso e suas discussões, e também pra você que só tá atras de uma passagem barata (de onibus de linha sairia uns 600, aviao uns 700 e tanto).
Quem se interessa entre em contato com o Júlio da Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos). Email e msn: juliodelmanto@hotmail.com
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O Reactable
O reactable é um instrumento de colaboração em música eletrônica com um tabletop tangível e interface multiusuários. Várias pessoas executam simultâneamente partes do instrumento através de movimentos giratórios e objetos físicos em uma mesa redonda com superfície luminosa. Ao mover e relacionar estes objetos, que representam componentes de um clássico sintetizador modular, os usuários podem criar complexas e dinâmicas topologias sonoras, com geradores, filtros e moduladores.
O instrumento foi desenvolvido por uma equipe da Luthiers Digital sob a direcção do Dr. Sergi Jordà. A equipe "Sonic Interactive Systems" está trabalhando no Music Technology Group dentro do Audiovisual Institute na Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona Espanha. As suas principais atividades concentram-se na concepção de novas interfaces musicais, como a música concreta, instrumentos musicais e aplicações para dispositivos móveis.
O reactable pretende ser:
* Colaborativo: vários intérpretes (localmente ou remotamente)
* Intuitiva: zero manual de instruções zero
* Sonoridade desafiadora e interessante
* Fácil aprendizado e fácil ensino (inclusive para crianças)
* Apropriado para novatos (instalações) e eletrônica avançada para músicos (concertos)
A cantora islandesa Björk incorporou o reactable como um instrumento fundamental da sua turnê mundial. No seu concerto no Coachella Festival na Califórnia, a cantora islandesa Björk introduziu o reactable pela primeira vez para um público mainstream. O instrumento se tornou um elemento-chave da artista.
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Pesquisador diz que Jesus usou maconha em milagres
Um estudo publicado esta semana pela revista High Times, especializada em divulgar fatos relativos ao uso da maconha lança a tese de que muitos dos milagres de Jesus Cristo foram feitos usando uma mistura à base de maconha. De acordo com o professor de mitologia clássica da Universidade de Boston Carl Ruck, responsável pelo estudo, Cristo e seus apóstolos teriam usado um óleo feito com a planta para curar doentes.
A rede britânica BBC, que veiculou a informação, identifica a mistura de maconha usada por Cristo como o kaneh-bosem, extrato usado para curar enfermidades físicas e mentais. Os cientistas, que encontraram nas escrituras sagradas referências à utilização do kaneh-bosem, dizem que ao contrário de hoje, as propriedades medicinais da Cannabis sativa eram utilizadas por absorção através da pele.
Além dos pesquisadores norte-americanos, diversos estudiosos lingüistas já haviam identificado a maconha como o ingrediente principal do óleo referido na Bíblia. Os doentes eram mergulhados na essência, que curava epilepsia, problemas na pele, nos olhos, ou até mesmo menstruais.
O estudo em nenhum momento coloca em dúvida os milagres de Jesus Cristo. A fé não é dissociada da cura pelos cientistas, que buscaram descobrir se a Igreja Católica, em seus primeiros anos, utilizou substâncias medicinais para curar enfermidades.
fonte: Portal Terra.
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