Bhagavad Gita. versos 54 a 59. capítulo 2
54. Arjuna disse: Ó Krishna, quais são os sintomas daquele cuja
consciência está absorta nessa transcendência? Como fala, e qual é sua
linguagem? Como se senta e como caminha?
55. A Suprema Personalidade de
Deus disse: Ó Partha, quando alguém desiste de todas as variedades de
desejo de gozo dos sentidos, que surgem da invenção mental, e quando
sua mente, assim purificada, encontra satisfação apenas no eu, então se
diz que ele está em consciência transcendental pura.
56. Quem não deixa
a mente se perturbar mesmo em meio às três classes de misérias, nem
exulta quando há felicidade, e que está livre do apego, medo e ira, é
chamado um sábio de mente estável.
57. No mundo material, quem não se
deixa afetar pelo bem ou mal a que está sujeito a obter, sem louvá-los
nem desprezá-los, está firmemente fixo em conhecimento perfeito.
58.
Aquele que é capaz de retirar seus sentidos dos objetos dos sentidos,
assim como a tartaruga recolhe seus membros para dentro da carapaça,
está firmemente fixo em consciência perfeita.
59. A alma corporificada
pode restringir-se do gozo dos sentidos, embora permaneça o gosto pelos
objetos dos sentidos. Porém, interrompendo tais ocupações ao
experimentar um gosto superior, ela se fixa em consciência.