Um acontecimento está passando "desapercebido" na cobertura da mídia brasileira a respeito da recente crise financeira global. A Venezuela foi o único país sul-americano que não teve queda na bolsa na "segunda-feira negra".
Quatro fatores explicam esse fenômeno:
– A Venezuela não tem ativos na bolsa de NY
– O governo venezuelano tem uma rígida política de controle de capitais
– Recentemente o governo nacionalizou o Banco da Venezuela, braço venezuelano do grupo Santander e o principal banco privado daquele país.
– O preço do petróleo teve nova alta
Chávez não se contém de alegria. Recentemente,em um encontro com presidentes sul-amerianos em Manaus, Chávez não cansou de repetir que o capitalismo está podre e que precisamos criar o Banco do Sul; projeto de sua autoria que visa substituir o FMI e o Banco Mundial, mas que ainda não saiu do papel por resistência do governo brasileiro.
A crise financeira mundial combinada com as atitudes acertadas do governo venezuelano deu um novo fôlego para o bolivarianismo chavista após as recentes derrotas no referendo constitucional e na negociação de libertação de reféns das FARC, onde o governo Chávez saiu enfraquecido.
Com as eleições regionais ocorrendo dentro de alguns meses Chávez ganhou de presente um grande trunfo para apresentar ao seu povo e, quem sabe, impedir um crescimento substancial da oposição no processo eleitoral que se aproxima.
Todas as análises da crise econômica têm uma leitura de tragédia, uma pior que a outra, mas para o processo revolucionário bolivariano a crise está servindo para revisar conceitos e renovar a esperança de mudança continental. Quando tudo parecia caminhar para um recus do bolivarianismo as proprias contradições do capitalismo revertem a situação.
Taka, mas e as condições de vida do povo venezuelano melhoraram?
Nessa semana a cidade foi apontada como uma das mais violentas das América.
(((seria contra-informação nos tempos de crise mundial???)))